E no sereno, verti minha poesia,
Derramei-me por alguns momentos,
Enquanto o Rio, nas pedras rugia,
Saltavam espumas de lágrimas em mim...
A lua cheia me fitava,
Como quem observa atônita,
A dor do poeta, que gritava.
O vento balançava os galhos,
O Sol já se despedira,
e o poeta se enraizara,
na beira do rio, em frangalhos!
Quem o vira, nem notara,
Misturado às árvores do rio,
Com seus cabelos de folhas,
O poeta triste dormiu...
Suas poesias, água a baixo,
na correnteza foram levadas,
banhando outras margens,
nutrindo a terra versejada...
Hoje, parte da floresta,
pisa suas raízes na lama,
Chora a alma, que clama,
enquanto o rio canta seus versos!
Mando Mago Poeta 21:27 7/10/2009
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