quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Enchente sem rima

08122009(004)

Assisti atento, um verso escorrendo pelo chão,
Como dor afogando-se, num lamento, em vão.
Vislumbrei uma fagulha imensa, no céu escuro,
uma cascata, um rio intenso, enchente no coração!

Águas e letras misturadas,
sôfregas almas, em pranto,
poesias trágicas, inundadas,
no concreto, no manto...

Haverá arte, em morrer soterrado?
Poesia que descreva a dor?
Sou um poeta inundado,
no pranto, no fulgor...

A dor do povo esquecido,
do pobre, do condenado...
É a mesma dor do rico,
é o sino do vitimado!

Assim me vem a avalanche,
a enchente suja do rio,
assim me vai o instante
a chuva levou a rima,
dos morros do Brasil!

Mando Mago Poeta 21:03 28/1/2010

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