Um vento forte dobra a árvore,
Despenteando-a sem dó,
Meu penacho está preso,
bem apertado o nó...
Despenteando-a sem dó,
Meu penacho está preso,
bem apertado o nó...
A chuva vem chegando rápido,
vejo o rubro céu
chorando no horizonte,
pende o denso véu.
vejo o rubro céu
chorando no horizonte,
pende o denso véu.
Rega o mundo, Tupã!
Chora o céu, a colheita vem...
Minha flecha é certeira,
alimento, sempre tem.
Chora o céu, a colheita vem...
Minha flecha é certeira,
alimento, sempre tem.
Vejo a aldeia lá embaixo,
dançando está o Pajé,
rodeando o timbó
feliz de pé em pé.
dançando está o Pajé,
rodeando o timbó
feliz de pé em pé.
Levo a caça do dia,
o canto guerreiro no ar,
canta o vento bem alto,
e mais alto vou cantar...
o canto guerreiro no ar,
canta o vento bem alto,
e mais alto vou cantar...
Quando chego na aldeia,
chuva vem me acompanhar,
lá no rio tem o tronco,
por onde devo passar.
chuva vem me acompanhar,
lá no rio tem o tronco,
por onde devo passar.
Mãe Yara me acena,
peixes pulam sem parar,
agradeço em oferenda
a Vida há de durar...
peixes pulam sem parar,
agradeço em oferenda
a Vida há de durar...
Assim era minha terra,
nossa terra de alegria,
antes do homem pálido chegar
"a Vida nos sorria".
nossa terra de alegria,
antes do homem pálido chegar
"a Vida nos sorria".
Mando Mago Poeta 19:11 8/2/2010
índio é da etnia Terena
O crédito da foto é © Tatiana Cardeal.
O crédito da foto é © Tatiana Cardeal.
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