Deixei a areia no caminho,
meus rastros de minutos atrás
onde ficou você, de costas para mim,
de frente para o mar...
Deixei pegadas de areia molhada
com a água salgada de meus olhos,
que você não me viu derramar.
O Por do Sol, inevitável e lindo,
via-lhe escorrendo pelo horizonte,
laranja-avermelhado, de encontro ao mar,
onde dilui-se brilhante.
e parti, alheio a minha vontade,
antes mesmo de chegar.
Parti, partido em mil pedaços,
tentando entender por que.
Via-lhe de longe, negro perfil
imerso no laranja brilhante!
Relutei, pressenti seu mergulho inevitável,
nas espumas reluzentes e agitadas...
E lambeu-lhe os pés, o mar,
chacoalhou-lhe as emoções silenciosas,
e quando a vi novamente, metade silhueta,
negra silhueta ao encontro do Sol,
E foi-se junto a ele, sem medo,
deixando-me a lua como companheira,
a única e verdadeira testemunha,
de que partimos em rumos diferentes,
mas nunca lhe pedi...
que deixasse de ser "sereia".
Mando Mago Poeta 16:29 6/2/2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Poste seu comentário aqui, de forma a expressar opinião verdadeira,
Não escreva nada se não tiver algo significante e sincero... Grato.