domingo, 27 de dezembro de 2009

O Mago Poeta

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Há um límpido luar,
uma névoa pairando sobre o chão. 
E eu aqui, implacavelmente quieto
enquanto o lobo uiva no horizonte...

Cada estrela parece flutuar
bem perto de mim,
sinto que quase as posso tocar
se erguer meu braço um pouquinho...

Um misto de medo e admiração
toma conta de mim
enquanto a escuridão beija a tênue
e sutil luz da lua.

Já não sou só nessa paisagem
e acendo uma fogueira,
com galhos secos e pedras em volta,
enquanto canto baixinho...

Movimento meu cajado no ar
e raios coloridos circulam a fogueira
gerando um brilho diferente,
um arco-íris de energia.

Logo percebo movimentos a minha volta,
e, tranquilamente continuo meu ritual
observando as centelhas que sobem da fogueira,
lindos pingos alaranjados subindo ao céu
cortando o centro do arco-íris calmamente.

As cabaças do cajado agitam-se,
produzindo um chocalhar quase inaudível,
e as fitas reluzem coloridas e dançantes,
incitadas pelo ar quente e os movimentos suaves do cajado.

Nada me preocupa nesse momento.
Olhos atentos observam a cena,
quietos e curiosos,
animais circulam a minha volta
indulgentes...

É noite nas planícies estreladas
e a floresta tem suas portas abertas,
onde transitam os invisíveis
e atentos guardiões

e na cantoria sussurrada por mim,
meu espírito se eleva acima do corpo físico,
minha pele eriçada recebe jatos de energias,
que irradiam como descargas elétricas,
produzindo micro-movimentos
celulares num ritmo próprio.

Acima do círculo mágico,
cada fagulha que toca o centro
do vórtex energético colorido
torna-se branco-azulada
e dissipa-se em seguida,
deixando um cheiro de jasmim no ar...

E, quando o fogo cessa,
o Astro Rei já abraçou o horizonte,
tornando-me duplamente energizado
e levando consigo os olhos curiosos
que logo retornam aos seus afazeres
no âmago da floresta.

E em cada momento como este
na meditação, na viajem...
retorno ao meu mundo mais feliz,
repleto de conhecimentos
que só minha alma descreve.

Nas experiências do planeta Terra,
que me traduzem as almas humanas
que a noite dormem tranquilas,
enquanto eu as visito em pensamento…

Para no dia seguinte escrever
o que seus corações gritam no infinito, 
em versos dispersos no ar,
que somente o poeta, em suas viagens pode ouvir...
e na sua magia, interpretar os sentimento humanos,
para sua poesia mágica criar...

Mando Mago Poeta 21:44 27/12/2009

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