terça-feira, 13 de janeiro de 2009

VENTO





Vento

Não queira dizer o que eu sinto,
Não se imponha ao meu coração,
Sou o que sempre fui, " o vento ",
Que sopra nos corredores do labirinto.

Quem me viu, nas montanhas andou,
Nos altos montes sentiu meu toque
Brisa ou vento leve soprou...
Mas nunca, na verdade me tocou.

Não sou mais o vento do mar,
Que sopra os casais no calçadão...
Sopro a verdade doída no ar
E por ela me caçam sem perdão.

Se me sente tua pele tocar,
Respeite minha natureza,
Não tente a mim trancar
Não tenho imagem, ou beleza...

Sou apenas a brisa constante,
pura força e sutilesa
Ainda que me queira amante,
sou peso da dor, do amor a levesa...


Mando Mago Poeta 00:54 13/1/2009

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